O Almoço dos Amigos dos Pioneiros foi ontem.
Passou-me um bocado ao lado, e nem sequer sei dizer se correu bem. Há rumores que dizem que sim.
Foi uma manhã agitada, em que se andou de um lado para o outro a tratar do vinho, das flores, das mesas, da decoração, da intervenção, da banca, da loiça e dos talheres, da exposição, da limpeza, da isto e d'aquilo. Mas sempre com boa-disposição.
Quando disse ao Rui que o Almoço me tinha passado ao lado (sendo que isto é em sentido figurado, porque eu estive efectivamente no almoço o tempo todo), ele disse-me: "É normal. É como a Festa!. Também não a fazemos para nós, mas para os outros". Sem falsas pretensões de "ai que somos todos tão bonzinhos", isto é mesmo verdade. Sabermos que, depois do trabalho, do esforço e do "sacrifício pessoal", o resultado foi apreciado, e que tocámos toda aquela gente, que há quase 30 anos não tinha contacto algum com os Pioneiros, é a melhor sensação que há. Compensa.
Rapaz de Haia, quantas vezes me perguntaste "Porquê?"... Acho que é por isto, ainda que esta satisfação só venha depois, e que nos entremeios sinta mais o peso da responsabilidade do que outra coisa.
A intervenção correu bem. Estava nervosa, e com pouca vontade de pegar no microfone ("Mas já Jorge?"," Já vou, Jorge...", "Mas é para ir já já?"). Gaguejei, troquei-me um bocado, devo ter dado inúmeras caneladas à Língua Portuguesa, mas acho que correu bem. A D. Mariana ficou, obviamente, a chorar. :)
Depois cantou-se a música dos Pioneiros. Nessa altura foi a minha vez de chorar. 100 pessoas a olhar para a letra projectada na parede, a cantarem a canção em uníssono, a baterem palmas e algumas a dançarem... que bónito! (a Ana Gusmão nesta altura está a dizer: uuuuiiii que paniiiisssgass!).
Depois do almoço, é hora de arrumar e de limpar, e de reunião na casa do Pioneiro (sempre a bboommbar, qu'isto não pára). A seguir fomos ver A Mãe, à Culturgest. Eu sou uma vergonha intelectual. Aquilo era tão bom, tão bem feito, e uma adaptação de um dos meus livros preferidos, e eu (shame on me, shame on me), ADORMECI! Estava tão cansada, e a debater-me com o sono, que ora ia adormecendo ora ia acordando... Tenho vontade de ir lá outra vez hoje, para ver tudo do princípio ao fim!
Estou ansiosa por ir aí.