... porque o passado fim-de-semana foi passado em Madrid.
Nevou, malta!!!
Sim, Tiago, eu sei que esta coisa de nevar acontece dia sim dia não na tua terra, mas aqui os povos mediterrânicos que vivem junto ao mar ainda ficam muito entusiasmados quando vêem os pequenos flocos brancos a caírem nos telhados e nos tejadilhos dos carros, tentando infantilmente apanhar uns quantos.
Bem, mas começando do princípio, desde a partida de Lisboa. Esta foi desde logo emocionante - não perdemos carteira nenhuma dentro do avião, mas cinco minutos antes de encerrar o embarque ainda estava o Rui a tirar o cinto e eu a pôr as carteiras dentro de um saquinho transparente para passarmos pelo raio-X. A dois minutos do encerramento do embarque, estava o Rui a pôr de novo o cinto, e eu a enfiar atabalhoadamente as carteiras dentro da mala. Chegámos a tempo.
À meia-noite chegámos ao centro de Madrid, ainda sem sítio para dormir. Mas aprendemos logo uma coisa importante - "pensión" em castelhano não é uma pensão. Ou pelo menos a menina que atendeu não estava ali para alugar quartos, é certo. "O importante é não desanimar " - continuemos.
Duas "Hostal" depois, e um encontro imediato com um bar chamado Marx Madera (giro, giro, giro), encontrámos um local simpático onde habitar por três noites.
Foi um fim-de-semana muito, muito artístico. Sinto-me agora mais entendida no que toca à arte dos séculos XV a XIX - de Rafael a Van Gogh, de Goya a Delaunay.
Àparte dos museus fomos a uma manifestação (sim, porque as pessoas ditas normais vão de fim-de-semana para uma cidade que não conhecem, e integram manifestações de solidariedade com a Revolução Cubana) onde encontrámos o Juan, perdemo-nos muitas vezes, achámo-nos outras tantas, comemos comida chilena, andámos debaixo de neve (já disse que nevou em Madrid?).
Entretanto, voltámos a Lisboa.
Isso mete medo.
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