No caminho para a paragem de autocarro...

... tenho de atravessar a floresta.

Ontem custou asssssiiiimmm um bocadinho!: ninguém se conhecia, eu não conhecia praticamente ninguém, ainda havia aqueles silêncios constrangedores, estava demasiado frio para sair (já vos disse que é o Inverno mais frio dos últimos 40 anos aqui na Dinamarca? Aarhus nunca teve tanta neve!), e depois do "O Tigre e a Neve" sentia-me um pouco sozinha.

Antes da festa do número 157 da residência cujo nome ainda ninguém conseguiu reproduzir correctamente, precisei de ir para a neve e respirar fundo. Aparentemente resulta.

Os australianos são uma festa, os dois turcos dos mais porreiros (está descansada Maryanne), consigo reconhecer-me nas gregas, o Gilbert do Arkansas e assumidamente conservador tem montes de tiques a dançar, etc etc etc.

Depois de um café (3 euros, sôr Tiago! e do mau!!) com Tobias, o alemão (ok, tem o mesmo nome que o cão do Diogo), encontrámos esta rua aqui:

Estou bem. Quero saber de ti.

Beijo

Hoje fui estúpida.

Não estúpida. Mais do tipo..... muuuuiiito burra!

Hoje resolvi sair de sapatilhas all star para as ruas de Aarhus.

Temperatura? -12ºC de sensação térmica.

Estúpida.

Incrível como já parece desarrumado...

Seguindo a sugestão da Ana G. :

Hoje, eu, Ana, portuguesa, falei em inglês com um motorista vietnamita, na Dinamarca.

Dormir 13 horas. TREZE!

Quase tantas como nas três noites anteriores.

Estou instalada! O quarto é grande, irei dividir casa de banho e cozinha com outra moça que chegará domingo, já desempacotei tralhas, fiz a cama, arrumei roupas, percebi como os meus pés ficam a cheirar mal com as botas da neve, e já "vos colei" na parede do quarto.

Agora esqueçam-se de usar o skype e escrever aqui para ver o que é que vos faço! Rogo-vos pragas, é o que é!

Beijinhos,

Ana

Cheguei!

Não perdi a carteira no avião, nem obriguei nenhum comissário giro nem nenhuma hospedeira gira a colocarem os seus respectivos rabos no ar para me encontrarem a carteira. Foi uma viagem com muito menos aventura, sem dúvida.

A chegada a Copenhaga é lindíssima. Ao aproximarmo-nos dos arredores da capital, e do chão, estendem-se tapetes de neve, só entrecortados por pequenas linhas escuras. Estradas.

A chegada ao aeroporto de Copenhaga foi muito calma: a mala apareceu depressa, o que me descansou bastante (pequeno trauma de uma recente viagem a Barcelona), e - porque "quem tem boca vai a Roma" - 20 minutos depois de aterrar estava à espera do comboio. Esperavam-me mais 4 horas de viagem. Atravessei meia Dinamarca num regional (mas mais confortável que o Alfa), e acabei por estar duas horas à conversa com uma moça francesa a viver na Dinamarca há dois anos. Troca de telefones, direcções do hotel, conversas sobre as propinas que se pagam em Portugal mas NÃO se pagam nem em França nem na Dinamarca, comentários sobre a comida Dinamarquesa, o preço da bica, etc etc. No fundo, um resumo do American Express saído da boca de uma linda e simpática francesa.

Cheguei a Aarhus, poisei as coisas no hotel, fui dar uma volta, vi no vidro de uma loja como parecia um trambolho com o casaco novo vestido (mas é muito quentinho, minha mãe ;) ), e mal começou a esfriar voltei para o quarto.

São 20h10 na Dinamarca e, seguindo o quotidiano dinamarquês, já estou na cama.

Ana

Bem preparados, bem chegados

Não, (ainda) não estou em Erasmus!
Talvez em Janeiro de 2012, ainda uns mesinhos antes do fim do mundo, seja eu a procurar-vos por estas margens.
Mas por agora, ainda não. Escrevo-vos do primeiro salão da Cantina Velha da Universidade de Lisboa. "A estas horas?!" Sim, é verdade. Aqui estou eu, com o computador à frente faz já algumas horas, a tentar acabar um relatório sobre tudo o que fiz no semestre numa cadeira (para amanhã às 13h, instante que é simultâneo ao início do exame da mesma cadeira...). Bom, o meu trabalho baseia-se muito na táctica do mindinho esquerdo sobre a tecla Ctrl...

Por aqui basta de novidades!

Como chegaste tu, Aninhas? A viagem, como foi? Como está a ser o choque inicial?

Voltarei aqui para ver se respondes!

Beijinhos e abraços para todos os que enviam mensagens de um lado para o outro de pontes,
MFerreiro.

Um ano depois...

... mantemos a casa, mudamos o nome.

Em Janeiro de 2009 soubemos do que se passava em Haia e em Lisboa.

A partir de Janeiro de 2010, rumamos mais a norte. Quero continuar a saber o que se passa com vocês, e que novidades vão acontecendo por aqui.



Maryanne,quero conhecer Istambul por aqui (e também perto de ti, se possível!), e portanto dá alas à imaginação e recarrega-te de paciência para as descrições.

Amanhã, às 9h30, da Portela a Copenhaga, e depois comboio até Aarhus.

Um beijo, e até lá,

Ana