Quando chegámos a Paris e vimos a nossa varanda, no quinto andar do hotel mais barato de Monmartre, soubemos, desde logo, que não era preciso ver mais nada para a viagem ter valido a pena. À nossa frente, a graça massiva de
Sacré Coeur. O charme de Paris a escorrer docemente pelos nossos ombros. Começámos a perseguição de todos os clichés, naquele momento. Saímos do hotel, subimos a escadaria de Monmartre, ficámos estarrecidos com a vista. Entrámos na igreja à noite e, depois de uma dose moderada de catolicismo e água benta a humedecer a testa e o peito, fomos à procura de um lugar onde comprar o vinho. Não foi difícil encontrar um bom tinto francês por 1 euro e noventa e cinco. Voltámos para o Hotel, tínhamos uma vista para apreciar. O Linus encarregou-se da música e ficámo-nos por ali, a beber, a conversar, a convencermo-nos que estávamos mesmo em Paris.
Tudo resto é o esperado... Louvre, Pompiduo, Champs Elisée, comprei um casaco, baguette, formage, mais um passeio em Monmartre, um nascer do sol solitário, Moulin Rouge, a campa do Jim Morrison, a beleza e a graça, apeteceu-me ficar por lá, é uma cidade que prende.
Regressei a casa e casa deixou de ser Lisboa: agora é Haia. Acho que a ponte ficou maior de repente. Ontem fez um mês que aqui estou...
entretanto espero poder atravessá-la de avião em finais de abril.
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